Agosto Dourado: no mês dedicado à amamentação
or para armazenamento do leite e bomba elétrica esterilizada
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante que toda criança tem direito ao aleitamento materno e as mães têm o direito de amamentar seus filhos. Mas manter essa rotina passada a licença maternidade ainda é um desafio para muitas mulheres. Pensando no bem-estar da colaboradora e do bebê lactante, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade pública gerida pelo Einstein, faz um trabalho de orientação com as mães e oferece uma sala de apoio materno para retirar e armazenar o leite de forma correta, o que permite aliviar a mama e levar o melhor alimento para os filhos posteriormente.
Visando manter o ambiente sempre seguro, o espaço dispõe de regras e estrutura que contempla locais para guardar objetos, como celular por exemplo, e etiquetas para identificar e datar os frascos de leite. Também fica disponível avental, touca e máscara descartáveis para que o leite seja retirado com a ajuda de uma bomba extratora esterilizada cedida pelo próprio hospital. O local conta ainda com um refrigerador onde o leite pode ser armazenado.
Gláucia Amaral, coordenadora de nutrição do HMAP, diz que desta forma a mãe faz a ordenha de forma segura e confortável e pode estender o aleitamento por mais tempo, evitando inclusive mastites. “Se não houvesse a sala materna, a mãe faria isso num banheiro ou em outro ambiente não controlado, onde todo o leite teria que ser descartado e a intimidade não seria preservada. Esse espaço tem papel, portanto, de acolher as mães no retorno da licença maternidade e de incentivo ao aleitamento”, explica.
A predominância feminina entre os trabalhadores da área de saúde é também outro ponto de atenção. “No HMAP, 79% do quadro total de colaboradores, incluindo os terceirizados, é composto por mulheres. Portanto, a implantação da sala de apoio materno é também um estímulo à permanência da mulher no mercado de trabalho”, explica Joan Castro, gerente médico do hospital.
Agosto Dourado – O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que, no decorrer do mês de agosto, serão intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno. No HMAP, as mulheres que estão gestantes e as que já estão de licença maternidade poderão assistir a palestras sobre amamentação e instruções para o uso da sala de apoio materno.
Amamentação – A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações. Por meio do leite materno, o bebê recebe os anticorpos da mãe que o protegem contra doenças como diarreia e infecções, principalmente as respiratórias. O risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar. A amamentação é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
Sobre o HMAP – O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica.
Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. O tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%.