Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose
O 16 de setembro reforça a importância do diagnóstico precoce e prevenção da doença
O Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, celebrado em 16 de setembro, foi criado para conscientizar a população sobre a gravidade dessa doença silenciosa, que pode causar complicações severas, como embolia pulmonar, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A data tem o objetivo de alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da trombose, que ocorre quando há formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir veias e artérias, resultando em consequências fatais.
De acordo com a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH), estima-se que mais de 10 milhões de pessoas desenvolvem trombose venosa profunda ou embolia pulmonar por ano em todo o mundo. No Brasil, dados de 2022 do Ministério da Saúde apontam que ocorreram 185.621 internações por doenças tromboembólicas, e os custos com tratamentos alcançaram cerca de R$ 126 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para Ednardo Fornanciari Antunes, mestre em ciências da saúde e professor de fisioterapia da Estácio FAPAN, esses números destacam a necessidade de maior conscientização e adoção de medidas preventivas. “A trombose é muitas vezes silenciosa, e seu diagnóstico precoce pode evitar complicações severas. A prática regular de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e o acompanhamento médico são essenciais para a prevenção”, reforça o professor. “Vale ressaltar que pode ocorrer também após cirurgias de grande porte, como cirurgias ortopédicas, oncológicas, neurológicas e cardíacas, sendo importante o acompanhamento pós cirúrgico ainda no leito e seguir as orientações dos profissionais pós alta hospitalar”, complementa.
Além disso, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) estima que as doenças tromboembólicas estão entre as principais causas de morte no Brasil, responsáveis por aproximadamente 25% das mortes hospitalares relacionadas a doenças cardiovasculares. Fatores de risco como obesidade, tabagismo, uso de anticoncepcionais, sedentarismo e histórico familiar aumentam as chances de desenvolver a doença.
Os sintomas da trombose podem variar dependendo da região afetada. Os mais comuns são: inchaço em uma perna ou braço, dor ou sensibilidade na área, principalmente ao toque ou movimentação, pele quente e avermelhada na região do coágulo e veias dilatadas e visíveis na área afetada. Nos casos de embolia pulmonar, os sintomas incluem falta de ar, dor no peito e tosse com sangue. “A identificação precoce dos sintomas pode ser vital para o tratamento adequado. Portanto, ao notar qualquer um desses sinais, é importante buscar atendimento médico imediatamente”, comenta o docente.
Entre as orientações do professor estão:
1. Alimentação saudável: Consumir uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, limitando o consumo de alimentos processados.
2. Atividade física: Manter-se ativo com exercícios físicos regulares ajuda a melhorar a circulação sanguínea.
3. Hidratação: Beber água regularmente para evitar a desidratação, que pode contribuir para o surgimento de coágulos.
4. Evitar longos períodos de imobilidade: Em viagens longas, levantar e caminhar a cada uma ou duas horas.
5. Acompanhamento médico: Monitorar fatores de risco como pressão arterial e realizar exames preventivos.