Saúde

Câncer na coluna é a terceira causa mais frequente de dores nas costas 

Especialista esclarece sobre as causas, como prevenir e como tratar os tumores na coluna vertebral

Os tumores da coluna vertebral estão entre as principais causas de dores nas costas. São causados por compressão sobre a medula espinhal, raízes nervosas ou por invasão da estrutura óssea da coluna. Embora sejam pouco comuns, as neoplasias na coluna vertebral podem ser bastante graves e exigem tratamento imediato. O médico neurocirurgião especialista em coluna Túlio Rocha explica sobre os sinais de alerta para o aparecimento de tumores na coluna, os sintomas, os tipos de tumores e os tratamentos indicados.

O médico esclarece que a formação do tumor se dá devido ao agrupamento de células anormais, que podem se localizar dentro ou fora das vértebras, ou seja, em vez de morrerem após um certo período, como as células normais, essas células anormais continuam a se dividir e se acumular e formam uma massa ou tumor. “Dependendo do tipo de células envolvidas, o tumor pode ser sólido e compacto ou ter características diferentes, como o envolvimento de tecidos moles ou ósseos”, esclarece o médico.

Os cânceres na coluna vertebral também podem ser secundários, quando causados por quadros metastáticos, ou seja, podem ser resultantes de outros cânceres distantes. Os tumores primários que mais frequentemente geram metástases na coluna são câncer de mama, pulmão e próstata, que migram para a região da coluna através do sangue. De acordo com o neurocirurgião, os tumores secundários são 40 vezes mais frequentes que os primários.

Alerta para os sintomas 

Os tumores da coluna vertebral podem ser benignos ou malignos e podem ocorrer em diversas áreas da coluna, incluindo a cervical, torácica, lombar e sacral. Túlio Rocha destaca que os sinais de alerta para o aparecimento de tumores de coluna variam. “Dores nas costas com piora durante a noite, fraqueza muscular, mobilidade reduzida, dormência, perda de sensibilidade dos membros, perda repentina de peso, disfunção erétil e distúrbios urinários e intestinais”, afirma o neurocirurgião.  

Túlio Rocha informa ainda que alguns tumores podem invadir os tecidos adjacentes, como músculos, ligamentos e nervos da coluna vertebral. “O crescimento do tumor pode comprimir ou danificar estruturas importantes, como a medula espinhal e nervos, levando a sintomas como dor, fraqueza e alterações na função motora e sensorial”, explica o neurocirurgião.

O médico orienta que os pacientes procurem um especialista em coluna imediatamente se notarem algum desses sintomas associados, para que o profissional faça o diagnóstico adequado e, na evidência de um quadro tumoral, comece o tratamento com urgência. “O tratamento do câncer na coluna varia de acordo com o tipo de câncer, a localização, o estágio e a saúde geral do paciente”, explica Túlio Rocha.

Tratamentos e qualidade de vida

O neurocirurgião especialista em coluna explica que as abordagens mais frequentes para tratamento de câncer nessa região incluem cirurgia, para a  remoção do tumor ou alívio da pressão na coluna vertebral causada pelo câncer. A radioterapia é usada para destruir células cancerígenas ou reduzir o tamanho do tumor, enquanto a quimioterapia é realizada por meio da administração de medicamentos para matar células cancerígenas ou impedir seu crescimento. 

Tem ainda a imunoterapia, com  estímulo ao sistema imunológico do corpo para combater o câncer; e a terapia alvo, um tipo de tratamento para o cancro que utiliza fármacos para detectar e destruir seletivamente as células cancerígenas, preservando as células saudáveis. A terapia alvo baseia-se no conhecimento das características moleculares e genéticas das células tumorais, que são únicas para cada tipo de cancro e têm alterações genéticas específicas que impulsionam o seu crescimento descontrolado.

O especialista em coluna explica que o tratamento do câncer geralmente é associado a tratamentos sintomáticos. “Frequentemente atrelamos os tratamentos para eliminar o tumor com a aplicação de analgésicos e sessões de fisioterapia para aliviar os sintomas, pois o interesse médico não é apenas eliminar o tumor, mas sim melhorar a qualidade de vida dos pacientes” , afirma o neurocirurgião.

O médico destaca que a escolha do tratamento deve ser feita com base em uma avaliação completa da condição do paciente. “Os pacientes devem ser avaliados caso a caso para a escolha do tratamento ideal, que geralmente vai envolver uma combinação dessas abordagens”. Túlio Rocha salienta que é importante discutir todas as opções de tratamento com um oncologista para desenvolver um plano de tratamento personalizado.

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